sábado, 18 de maio de 2013

Filme: O enigma de Kaspar Houser



Filme sobre o qual falei para os meus alunos dos primeiros anos do Roberto Grant.

Tem vários erros de escrita na tradução (legenda), mas é possível entender.


O enigma de Kaspar Houser, 1974, produzido por Werner Herzog conta a história do desconhecido que apareceu em 1828 em Nuremberg, Alemanha, sem saber falar. Ele trazia consigo alguns poucos pertences, dentre eles uma carta endereçada ao capitão da cavalaria e lhe explicava a origem.

Kaspar Houser foi criado, acorrentado, em um porão. A carta dizia que fora deixado, ainda criança, para ser criado por um camponês que já tinha dez filhos. Por isso Kaspar nunca mais saíra de casa e o camponês não denunciou ninguém pelo seu abandono por não ter nenhuma pista de quem acusar.

Durante muito tempo o rapaz viveu acorrentado, em companhia de um cavalinho de brinquedo. Alguém lhe trazia pão e água enquanto dormia, portanto, nem sabia da existência humana.

Já adulto, o camponês ensinou-lhe escrever o nome e a dizer "Quero ser cavaleiro como meu pai." Na carta este também pedia que o tornassem cavaleiro como possivelmente o pai fora, se um dia o tivesse tido.

Durante o período de socialização, primeiro o enclausuram numa torre, a mesma em que prendem vagabundos e bandidos. Dali pode observar a paisagem e mostra-se dócil. Então é levado a uma casa, ensinam-lhe a sentar-se à mesa, comer, falar, escrever, jardinagem, tricô e tocar piano.

Sua noção de tamanho e perspectiva é a mesma de uma criança. Ao ver de perto a torre em que ficara ao chegar na cidade, diz que ela é grande e que um homem muito grande deve tê-la construído. Quando o professor diz que o quarto em que Kaspar ficara é no todo da torre, diz que o quarto é ainda maior pois quando lá estava, virando-se para todos os lados via o quarto, enquanto que agora apenas via a torre se estivesse de frente para ela, se virasse as costas, esta desaparecia. 

Passa a sonhar e conta seus sonhos ao professor (uma prova de que estava organizando seu pensamento, pois havia adquirido a linguagem). Diz que quer contar histórias, porém não sabe o final delas.

No fim do filme, depois de sofrer o primeiro atentado, escreve sua biografia. Diz que a cama é o melhor lugar do mundo e que a única coisa sua que interessa aos outros é sua história, nada mais.

Sofre o segundo atentado, morre e lhe dissecam o cadáver. Descobrem o fígado grande, que o cerebelo é maior que o normal e que o lado esquerdo é menor que o lado esquerdo do cérebro.


(Resenha: Elizete Mainardes Appel 18/05/2013)




Se preferir, veja a versão editada - 43 minutos


terça-feira, 14 de maio de 2013

Meus 5 anos - por Taiane da Maia almeida


Que saudades dos meus cinco anos, brincadeiras, lápis de cor, desenhos animados, doces e muito mais. Cada coisa boa que muita falta faz.

Logo cedo para o sofá ver desenho, depois do almoço brincar, fazer umas artes e levar uns sermões. Ir para cama cansada, sonhar várias coisas até não aguentar mais. 

No outro dia a mesma coisa: desenho, brincadeiras, aprontar um pouco, lanche, jogar bola, fazer de tudo um pouco para ser mais divertido!

Ai que saudade de dormir no sofá e acordar na cama. 


(Taiane da Maia Almeida - 2ª12/2012)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Apenas vivendo - por Débora Pscheidt

Era 2010. Março pra ser mais preciso. Para alguns, um ano repleto de conquistas e felicidades como desejavam, porém para mim um ano triste e com muita saudade.



Em uma noite qualquer, assistindo TV junto a meu pai, recebemos uma ligação. Era minha vó dizendo que meu vô não estava se sentindo muito bem. Chegamos lá em menos de dois minutos, pois as casas são próximas.



Meu vô sempre foi daquelas pessoas que diziam não precisar ir ao médico, ou melhor dizendo: sempre foi seguro de si mesmo e muito teimoso.


Acontece que o que ele tinha não era tão simples assim. Após muitas visitas ao hospital e ficar internado oito vezes, me contaram que meu vô tinha câncer, e que suas chances de viver não eram muitas. 



Foi um choque enorme para toda família, que mesmo estando desunida, se uniu para ajudar.
Me lembro de várias noites que fui visitá-lo no hospital, como também lembro das vezes que nos divertimos almoçando, quando eu estudava à tarde... 


Mas nem sempre as coisas ocorrem como gostaríamos que fosse. Meu vô faleceu no dia quinze de maio de 2010, aos seus 76 anos, deixando para trás muita saudade e o desejo de voltar ao passado e poder abraçá-lo ao menos mais uma vez, É com isso que aprendemos a valorizar a vida e as pessoas a nossa volta.



(Débora Pscheidt - 1ª 04 - março/2013)

domingo, 12 de maio de 2013

Por Danrlei


Djony foi e é uma pessoa muito importante na minha vida.

Quando nós ficamos sabendo que ele vinha foi um grande susto, mas também o motivo de muita alegria, mesmo não sendo esperado no começo. Ele era um segredo pois os nossos pais iriam ficar malucos com a descoberta que, aos quinze anos, eu iria ser papai, mas enfim...

Acabaram aceitando. Já estava tudo planejado para sua chegada, todos nós estávamos muito felizes, quando ele chegou foi muito bom, e com ele veio muito sofrimento. Por seis meses nós lutamos contra a sua doença, mas infelizmente ele não conseguiu aguentar a luta contra leucemia. E o meu primeiro filho acabou indo tão cedo, mas onde ele estiver sei que estará bem. E deve saber que o seu pai o ama muito, e nunca irá esquecê-lo.  

(Danrlei - 1ª03 - março/2013)

O tema dessa produção de textos era: "Escreva sobre algo ou alguém que foi ou é importante para você."

terça-feira, 7 de maio de 2013

Paródia - letra e performance de Henrique e Luis Gustavo



Trabalho de Língua Portuguesa - intertextualidade. Alunos da 1ª05RG/2013 (Henrique Luan Cziczek e Luis Gustavo Huttl) cantam paródia de sua composição.

Em breve: letra da paródia.

Trechos de entrevista de Lula para Emir Sader

Lula, após uma década, explica o porquê do silêncio sobre o ‘mensalão’


Lula, líder sem precedentes na história recente do país.

Trechos de uma longa entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao sociólogo Emir Sader, transformada em livro a ser lançado ainda este mês, vazaram neste sábado para a mídia alternativa e revelam o porquê de o líder mais influente do Partido dos Trabalhadores manter silêncio sobre o escândalo do ‘mensalão’, quebrado apenas no diálogo com o intelectual carioca. Tratou-se de uma estratégia para seguir adiante, apesar do pesado ataque da mídia conservadora, ao longo da última década.

– Tentaram usar o episódio do mensalão para acabar com o PT e, obviamente, acabar com o meu governo. Na época, tinha gente que dizia: “O PT morreu, o PT acabou”. Passaram-se seis anos e quem acabou foram eles. O DEM nem sei se existe mais. O PSDB está tentando ressuscitar o jovem Fernando Henrique Cardoso porque não criou lideranças, não promoveu lideranças. Isso deve aumentar a bronca que eles têm da gente – que, aliás, não é recíproca – ressalta.

Na entrevista, reproduzida no livro Governos Pós-Liberais no Brasil: Lula e Dilma, a ser lançado no próximo dia 18, o ex-presidente também reafirma a necessidade de uma constituinte, para levar a cabo a reforma política essencial para a consolidação da democracia no país. Segundo afirmou a Emir Sader, “a eleição está ficando uma coisa muito complicada pro Brasil”.

– Eu tentei, quando presidente, falar de uma Constituinte exclusiva, que é o caminho: eleger pessoas que só vão fazer a reforma política, que vão lá (para o Congresso), mudam o jogo e depois vão embora. E daí se convocam eleições para o Congresso. O que não dá é pra continuar assim. Às vezes tenho a impressão que partido político é um negócio, quando, na verdade, deveria ser um item extremamente importante para a sociedade – afirmou.



Leia agora os principais trechos da entrevista

– Qual o balanço que o senhor faz dos anos de governo do PT e aliados?

– Esses anos, se não foram os melhores, fazem parte do melhor período que este país viveu em muitos e muitos anos. Se formos analisar as carências que ainda existem, as necessidades vitais de um povo na maioria das vezes esquecido pelos governantes, vamos perceber que ainda falta muito a fazer para garantir a esse povo a total conquista da cidadania. Mas, se analisarmos o que foi feito, vamos perceber que outros países não conseguiram, em trinta anos, fazer o que nos conseguimos fazer em dez anos. Quebramos tabus e conceitos preestabelecidos por alguns economistas, por alguns sociólogos, por alguns historiadores. Algumas verdades foram por água abaixo. Primeiro, provamos que era plenamente possível crescer distribuindo renda, que não era preciso esperar crescer para distribuir. Segundo, provamos que era possível aumentar salário sem inflação. Nos últimos 10 anos, os trabalhadores organizados tiveram aumento real: o salário mínimo aumentou quase 74% e a inflação esteve controlada. Terceiro, durante essa década aumentamos o nosso comercio exterior e o nosso mercado interno sem que isso resultasse em conflito. Diziam antes que não era possível crescer concomitantemente mercado externo e mercado interno. Esses foram alguns tabus que nós quebramos. E, ao mesmo tempo, fizemos uma coisa que eu considero extremamente importante: provamos que pouco dinheiro na mão de muitos é distribuição de renda e que muito dinheiro na mão de poucos é concentração de renda.

– Quando começou o governo, o senhor devia ter uma ideia do que ele seria. O que mudou daquela ideia inicial, o que se realizou e o que não se realizou, e por quê?

– Tínhamos um programa e parecia que ele não estava andando. Eu lembro que o ministro Luiz Furlan, cada vez que tinha audiência, dizia: ‘Já estamos no governo há tantos dias, faltam só tantos dias para acabar e nós precisamos definir o que nós queremos que tenha acontecido no final do mandato. Qual é a fotografia que nós queremos’. E eu falava: ‘Furlan, a fotografia está sendo tirada’. Não é possível ficar com pressa de obter resultados. Nós temos que provar, no final de um mandato, se nós fomos capazes de fazer aquilo que nos propusemos a fazer. Se a gente for trabalhar em função das manchetes dos jornais, a gente parece que faz tudo e termina não fazendo nada.

Então é o seguinte: eu plantei um pé de jabuticaba. Se esse pé nascer saudável, vai ter sempre alguém dizendo: ‘Mas, Lula, não está dando jabuticaba, está demorando’. Se for cortar o pé e plantar outra coisa, eu nunca vou ter jabuticaba. Então, eu tenho que acreditar que, se eu adubar corretamente, aquele pé vai dar jabuticaba de qualidade. E eu citava esses exemplos no governo… Soja tem que esperar 120 dias, o feijão tem que esperar 90 dias. Não adianta ficar repisando, ‘faz uma semana que eu plantei e não nasceu’. Tem que ter paciência. Eu acho que eu fui o presidente que mais pronunciei a palavra ‘paciência’, ‘paciência’… Senão você fica louco.

Tem gente na política que levanta de manhã, lê o jornal e quer dar resposta ao jornal. E daí não faz outra coisa. Eu não fui eleito para ficar o tempo todo dando resposta a jornal. Eu fui eleito para governar um país. E isso me deu tranquilidade suficiente para ver que o programa de governo ia ser cumprido.