Lembro como se hoje fosse as incursões no Capão Grande em busca dos coquinhos mais doces e suculentos. Juntávamos os comestíveis diamantes amarelos e depois de nos deliciarmos com a polpa fibrosa que teimava em encalhar em meio aos dentes, colocávamos as castanhas pra secar ao sol. Depois de secas e quase esmigalhadas pelo martelo, cada castanha pra nós era um minicôco.
Coquinho, pra quem não conhece, é o primo pobre do butiá, fruto do coqueiro. Coqueiro, por sua vez, é conhecido por muitos com o nome de palmeira, árvore pertencente à nossa paisagem tropical cantada por Gonçalves Dias na célebre Canção do Exílio.
Falando em Canção do exílio, aqui vai minha microparáfrase do poema:
IRIPA CITY
Minha terra tem coqueiro, pinheiro e extremosa
tem o rio Iguaçu, ipê
água mineral
e muita gente honrosa.
Texto e foto: Elizete Mainardes Appel
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