sábado, 20 de setembro de 2014

Quem tem medo de celular?

Por: Elizete Mainardes Appel
Num trabalho desenvolvido na disciplina de língua Inglesa com as 2as e 3as séries foi possível estabelecer uma comparação do uso da tecnologia no século XIX, XX, XXI. Constatou-se que as tecnologias mudam, mas as preocupações dos professores continuam as mesmas (medo do que é novo).

Em Cartas a Théo discute-se que material seria o mais eficaz para determinado trabalho: grafite, carvão, carvão molhado. Para a época retratada esta era a análise que se podia fazer: experimentos com um resultado visual.

No final do século XIX e início do século XX a tecnologia usada na escola era uma lousa individual (de pedra) e um lápis especial. O aluno fazia a lição, que era apagada para em seguida fazer outra. E muitos deles não tinham uma dessas lousas, usavam a do professor ou de um colega mais abastado. Todos tinham que memorizar o que estavam aprendendo. Imaginem qual não foi a preocupação dos professores quando as lições começaram a ser copiadas (nos cadernos). Eliminou-se a necessidade de decorar.

Hoje, com a tecnologia e simultaneidade, muitos de nós professores sequer cogita abandonar os materiais impressos (provas, exercícios, textos). O celular (smartphone) é tido como vilão. Ocorre que esta é umas das TICs (Tecnologias da Informação) que mais faz parte do cotidiano de nossos estudantes. 

Pensando nisso, experienciei com os alunos das 3ª06, 3ª07, 2ª05, 2ª12 e 2ª13 da E. E. M. Prof. Roberto Grant uma atividade avaliativa usando seus telefones celulares, o Google Forms e o Wifi da biblioteca da escola. Após a atividade estes responderam a uma pesquisa de satisfação. A maioria absoluta aprovou a iniciativa por ser algo diferenciado, mais prático e menos burocrático e economizar papel.

Assim como Théo experienciou e propôs o uso do carvão molhado, não descartando os demais materiais, caderno (papel) não substituiu a lousa nem a necessidade de apreender os conteúdos no início do século XX, foi proposto o uso dessa tecnologia de fácil acesso. Dois terços dos alunos têm smartphone e o compartilharam com os que não têm, tal como no caso das lousas de pedra.

Nenhum comentário: