Passeata em São Bento do Sul na visão do poeta Antonio Ramos da Silva
DIA 22 DE JUNHO DE 2013
ONZE HORAS DA MANHÃ
SÃO BENTO DO SUL NA RUA
Dez e trinta da manhã,
O sol chegou de mansinho;
No início éramos treze.
Pequeno bando de passarinho.
Descemos a escadaria da igreja,
Com o olhar desconfiado,
Um bando de jovens com cartazes enrolados,
Dispersos, cada um em um grupo isolado.
Um jovem, de cabelos encaracolados com megafone na mão;
Subiu a escada do coreto da praça...
Formamos um cordão. APENAS uma reunião...
De repente a explosão.
Abaixo corrupção!
Faixas cartazes levantados,
Crianças nos ombros dos pais,
Narizes pintados de palhaço,
Pintura de índio no rosto.
Fora Renan! Queremos Educação, Fora Ladrão.
Quimioterapia, Passe Livre para Estudante,
Ônibus Escolar; o Futuro é Nosso! É problema Nosso, somos jovens.
Os poucos idosos na praça...
Carcará em suas casas, e o povo a cantar.
Salve, salve pátria amada! Mãe gentil expulsa esses corruptos do Brasil.
Para não mandar para aquele lugar, vamos para a rua, vamos caminhar.
Policia observando um povo de primeiro mundo,
Não precisamos atirar ovo, na cara de vagabundo.
Mas agora é a nossa vez, sem pronunciamento,
Pode dar depoimento, somos gentis, somos gente, pessoa, povo, nação.
De bobo o jovem se fez, pela última vez.
Carcará fica em casa. Chega de lição errada.
Não acabou! Só estamos e paz! Tem mais.
Texto: Antonio Ramos da Silva
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